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Foto do escritorEric Borges

Ahura Mazda e a Religião Zoroastra

Atualizado: 16 de abr. de 2020


Ahura Mazda Imagem em Pedra
Ahura Mazda Imagem em Pedra

Ahura Mazda, também conhecido como Oromasdes, Ohrmazd, Ahuramazda, Hourmazd, Hormazd e Hurmuz, é o Deus da criação e entidade máxima no Zoroastrismo e o primeiro e mais frequentemente evocado no Yasna, nome dado às cerimônias litúrgicas na religião Zoroastra. Ahura tem como significado "senhor" ou "lorde" e Mazda significa "sabedoria", então o nome deste Deus significa Senhor ou Lorde da Sabedoria.



O zoroastrismo, masdaísmo, masdeísmo/mazdeísmo ou parsismo é uma religião fundada na antiga Pérsia pelo profeta Zaratustra, a quem os gregos chamavam de Zoroastro. É considerada como a primeira manifestação de um monoteísmo ético. Para alguns acadêmicos, os pontos chaves das principais doutrinas do Zoroastrismo sobre a escatologia (parte da teologia que fala sobre os eventos finais da história e o destino final da humanidade) e demonologia, como a crença no paraíso, na ressurreição, no juízo final e na vinda de um messias, viriam a influenciar o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. (Fonte do parágrafo: Wikipédia)



Ahura Mazda
Ahura Mazda

De acordo com a tradição Zoroastra, Zoroastro, aos 30 anos de idade recebeu uma revelação, enquanto buscava água durante a alvorada para um ritual, em que ele vê a figura brilhante do Amesha Spenta, Vohu Manah. Amesha Spenta, literalmente significa "imortal (que é) sagrado", são uma classe de entidades divinas que emanam de Ahura Mazda. Este termo é restritivo para as sete grandes entidades divinas que emanam d'Ele. Na visão de Zoroastro, Vohu Manah, que representa o estado mental de boa moral que permite o indivíduo cumprir seus deveres, encaminha-o à presença de Ahura Mazda que o ensina os princípios cardinais da boa religião, conhecida posteriormente como Zoroastra. Como resultado, Zoroastro sentiu-se como o escolhido para espalhar e pregar a religião, em que ele afirma que essa fonte de toda bondade era o Ahura digno da adoração máxima.


Ele mais tarde afirma que Ahura Mazda criou espíritos chamados de yazatas para ajudá-lo. Este termo significa "digno de oração ou veneração" que de forma geral se aplica a certas plantas medicinais, criaturas primordiais, os fravashis dos mortos e algumas orações que são consideradas divinas. Os yazatas coletivamente são "os poderes do bem sob Ahura Mazda", que é "O maior se todos os yazatas". Podemos entender que os yazatas são tudo aquilo que mantém o indivíduo no caminho do bem, que o auxiliam na luta do bem contra o mal, e que são parte de Ahura Mazda.


Fravashis, citado acima, é um termo Zoroastriano para designar o conceito do espírito pessoal de um indivíduo, em que o fravashi envia o urvan (alma) ao mundo material para lutar a batalha do bem contra o mal. Acredita-se que na manhã do quarto dia após a morte, o urvan retorna ao seu fravashi, onde suas experiências no mundo material são coletadas para assistir a próxima geração na sua luta entre o bem e o mal.

Zoroastro proclamou que alguns dos Deues iranianos eram daevas e não mereciam adoração. Essas deidades "más" foram criadas por Angra Mainyu, o espírito destrutivo.


A existência de Angra Mainyu era a fonte de todo pecado e miséria no universo. Zoroastro alegou que Ahura Mazda não era um Deus onipotente, mas que usava o auxílio dos humanos no seu conflito cósmico contra Angra Mainyu. No entanto, Ahura Mazda é o superior de Angra Mainyu, não seu semelhante. Angra Mainyu e seus daevas, que tentam atrair os humanos para longe do Caminho de Asha (ordem cósmica, caminho de luz que emanava de Ahura Mazda), seriam eventualmente derrotados. Angra Mainyu é considerado como a contraparte de Ahura Mazda. Enquanto Ahura Mazda representa a luz, Angra Mainyu representa a escuridão. O conflito cósmico entre ambas as deidades é a tão aclamada “luta entre o bem e o mal”.



Ahura Mazda
Ahura Mazda

Em um mito, Angra Mainyu nasceu de Ahura Mazda em um momento de dúvida. Em outro, Ahura Mazda e Angra Mainyu já existiam, porém separados pelo Vazio. Neste mito Angra Mainyu foi até Ahura Mazda e sua luz, seguindo sua natureza para tentar destruí-lo. Ele recusou a oferta de paz de Ahura Mazda, que tinha como condição que ele louvasse a Grande Criação.


Na tradição Ortodoxa, um acordo foi feito entre os dois. A história abrange um período de doze mil anos. Os primeiros três mil anos foram alocados para a criação. Os segundos três mil anos se passaram de acordo com a vontade de Ahura Mazda. Os terceiros três mil anos são mistos entre as vontades de Ahura Mazda e Angra Mainyu. No quarto período de três mil anos, Angra Mainyu e todo o mal serão destruídos.

Existem variações deste mito de criação, e algumas são baseadas em um ciclo de nove mil anos. A tradição Zurvan/Zurvanismo (ramificação extinta do Zoroastrismo) considera os primeiros nove mil anos como o período de governo do mal. O mal será então derrotado durante os últimos três mil anos.


No Zoroastrismo, Ahura Mazda criou o céu, que serviu de cobertura para envolver o mundo e prender Angra Mainyu. Originalmente, o mundo estava em um estado ideal. O  primeiro homem, Gaya Maretan, brilhava como o Sol, até que Angra Mainyu, persuadido pela demônia Jahi, acordou de seu sono profundo e atacou a Criação.

Na tradição Maniqueísta, existem dois reinos: luz, governado pelo Pai da Grandeza, e escuridão, governado pelo Príncipe das Trevas. Originalmente, os dois reinos existiam em um estado equilibrado. O Príncipe das Trevas, atraído pela luz, perturbou este equilíbrio ao permear a luz, incluindo a luz do Homem Primevo.


O Deus Mithra tentou punir os demônios das trevas. Das peles dos demônios derrotados, ele criou os céus; as montanhas foram feitas de seus ossos. As terras (quatro ou oito em número), os dez firmamentos, o zodíaco, as constelações e os planetas foram criados de suas carnes e excrementos. Partículas de luz não contaminadas foram utilizadas para criar o Sol e a Lua, enquanto as estrelas continham substâncias parcialmente contaminadas. Os mundos animal e vegetal vieram a existir, e por causa de sua origem, eles continham partículas de luz que elas não emanavam.



Cultura Pop:

Ahura Mazda fez uma aparição nos créditos do episódio 606 (O Natal Especial do Krusty) da série Os Simpsons, onde ele tenta resolver um argumento entre o Deus Judeu e o Deus Cristão, porém ele estava bêbado.


Ahura Mazda na Série Os Simpsons - Episódio 606
Ahura Mazda na Série Os Simpsons - Episódio 606

(Coautor: Bruno Becker)




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