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Lilith, Deusa da Noite, do Sexo, e da Força Feminina

Atualizado: 30 de jan. de 2020


Lilith 1

Lilith é uma figura que aparece em diversas culturas através da história. Aqui tentaremos contar sua história e abordar as diferentes perspectivas com as quais ela era vista em algumas culturas.

Lilith foi originalmente a rainha dos céus sumeriana, uma deusa mais antiga que Inanna. Os hebreus incorporaram essa deusa e a transformaram na primeira esposa de Adão.


A História de Lilith

Ela é contada de várias formas, mas o ponto principal é que essa história diz que quando Deus criou Adão, também criou da terra uma mulher, e essa mulher era Lilith.

Lilith é referida na Cabala como a primeira mulher do bíblico Adão… No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa, chegando depois a ser descrita como um demônio.

De acordo com certas interpretações da criação humana em Gênesis, no Antigo Testamento, reconhecendo que havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se, recusando-se a ficar sempre em baixo durante as suas relações sexuais.

Assim dizia Lilith: “Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.“

Adão se recusou a aceitar essa igualdade, insistindo em que Lilith deveria se deitar debaixo dele e argumentando que ele era superior a ela. Lilith não quis se submeter, visto que ambos haviam sido criados da mesma forma, e abandonou o Éden.

Adão foi se queixar ao Todo Poderoso, dizendo: “Soberano do Universo! A mulher que o Senhor me deu foi embora, fugiu.” Deus então mandou três anjos no encalço dela, dizendo a Adão:

“Se ela concordar em voltar, o que foi feito é bom. Se não, ela deverá permitir que uma centena de seus filhos morram a cada dia.” A partir daí, Lilith foi demonizada, pois ela se recusou a voltar.


Certas mitologias dizem também que o verdadeiro motivo que levou Lilith a abandonar o paraíso foi ter se apaixonado por Samael, o anjo da morte. Samael a fez conhecer o prazer que Adão não era capaz de oferecer. Lilith, enquanto um ser feminino de grande luxúria, apaixonou-se irremediavelmente pelo anjo. Em troca das relações sexuais, o anjo deu a Lilith não só o nome secreto de Deus, como também toda a sabedoria mística e magica.



Lilith 2

Mitologia Suméria

A imagem de Lilith, sob o nome Lilitu, apareceu primeiramente representando uma categoria de demônios ou espíritos de ventos e tormentas na Suméria por volta de 3 000 a.C. Muitos estudiosos atribuem a origem do nome fonético Lilite por volta de 700 a.C.

Na Suméria e na Babilônia ela ao mesmo tempo que era cultuada era identificada com os demônios e espíritos malignos. Seu símbolo era a lua, pois assim como a Lua ela seria uma deusa de fases boas e ruins. Alguns estudiosos assimilam ela a várias deusas da fertilidade, assim como deusas cruéis devido ao sincretismo com outras culturas.


Mitologia Cristã

No primeiro capítulo do livro de Gênesis, versículo 27, está escrito que: Deus criou o homem à sua imagem e semelhança; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher;porém no segundo capítulo versículo 18: O Senhor Deus disse: 'Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada, e é apenas no versículo 22 do segundo capítulo que Eva é criada: E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem.

Quem crê nessa teoria, diz ser possível que no primeiro capítulo a mulher criada seja Lilith e levando em consideração o versículo 23: Disse então o homem: Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada (Gn 2:23). podemos verificar na expressão de Adão "[...]esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne![...]" a afirmativa de existência de outra criatura que não era qualificada como mulher e que não se podia se submeter a ele pois era independente, estava no mesmo nível de criação, a mesma altura de Adão. Em algumas traduções o texto "esta, sim..." aparece como "agora sim, esta..." o que não parece ser um erro de tradução, mas uma evidência da afirmação na narrativa.


Mitologia Judaica

A imagem mais conhecida que temos dela é a imagem que nos foi dada pela cultura hebraica, uma vez que esse povo foi aprisionado e reduzido à servidão na Babilônia, onde Lilith era cultuada, é bem provável que vissem Lilith como um símbolo de algo negativo. Vemos assim a transformação de Lilith no modelo judaico de demônio. Assim surgiram as lendas vampíricas: Lilith tinha 100 filhos por dia, súcubos quando mulheres e íncubos quando homens, ou simplesmente lilims. Eles se alimentavam da energia desprendida no ato sexual e de sangue humano. Também podiam manipular os sonhos humanos, seriam os geradores das poluções noturnas. Mas uma vez possuído por uma súcubo, dificilmente um homem saía com vida.

Há certas particularidades interessantes nos ataques de Lilith, como o aperto esmagador sobre o peito, uma vingança por ter sido obrigada a ficar por baixo de Adão, e sua habilidade de cortar o pênis com sua vagina segundo os relatos católicos medievais. Ao mesmo tempo que ela representa a liberdade sexual feminina, também representa a castração masculina.



Lilith 3

Mitologia Mesopotâmica

Ela é também associada a um demônio feminino da noite que originou na antiga Mesopotâmia. Era associada ao vento e, pensava-se, por isso, que ela era portadora de mal-estares, doenças e até mesmo da morte. Porém algumas vezes ela se utilizaria da água como uma espécie de portal para o seu mundo. Também nas escrituras hebraicas (Talmud e Midrash) ela é referida como uma espécie de demônio.


O Resgate da Era Contemporânea

Com o ressurgimento das religiões pagãs, Lilith foi resgatada da categoria de demônio, embora esse resgate tenha ficado circunscrito à determinadas tradições politeístas.

Nessas tradições, Lilith não é um demônio mas uma poderosa deusa primordial, que representa o poder da mulher. Poder não sobre o outro ou sobre as coisas, mas sobre si mesma – o poder de ser ela mesma, de saber fazer com que seu espaço e seu lugar sejam respeitados, de se expressar e viver como seja mais apropriado para ela, sem se submeter à condições abusivas ou mandatos culturais.


Enquanto o paganismo começava a ressurgir também veio à tona o feminismo e toda sua luta por igualdade. Tendo em vista a história de Lilith de rebelião e não submissão ao sexo masculino, ela passou a ser vista novamente como uma deusa, porém não em uma forma demoníaca ou maligna como já era vista em sua origem suméria, mas sim como um símbolo da liberdade feminina.


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1 Comment


Gil Wfor
Gil Wfor
Sep 14, 2021

Aqui no Brasil há vários rituais práticos sexuais. Não é Umbanda, Candomblé, não! É algo espiritualista parecido mas as entidades são, Lilith, Inccubus, Succubus. A magia sexual para um homem atrair muitas mulheres é feita com Lilith. Os rituais com Lilith são feitos através de oferendas a Lilith e as oferendas são homens para ela. Ela quer sexo e muitos homens e em troca disso ela faz com que os homens que deram a oferenda tenham muitas mulheres aos seus pés, mais sexualmente do que por amor. Veja no site: http://videnteonline.yolasite.com

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