Tiamat é uma deusa que está presente na mitologia sumeriana e babilônica, como a deusa primordial dos mares e águas salgadas, e o seu oposto, Apsu, deus primordial das águas doces. Ela é o símbolo do caos e da criação primordial. Em sua época de adoração, Tiamat era considerada mãe dos elementos e de outras criaturas místicas, como dragões, serpentes, sereias e antropomorfos.
Muito da história de Tiamat se perdeu, e o pouco que pode ser encontrado é uma visão patriarcal. No conto Enuma Elish, Tiamat, junto com Apsu, criaram o mundo ao se juntarem em um caos aquático. Todos os outros deuses eram filhos, netos ou bisnetos deles.
Apsu resolve matar seus filhos Lachmu e Lachamu, que eram crianças irritantes à sua visão. Ea (ou Enqui) descobre o plano e mata seu pai antes. Tiamat em ódio e enraivecida, jura vingar o assassinato do seu consorte, então decide se casar com seu filho Quingu, e cria um exército de onze monstros para sua vingança, deixando seu atual marido como líder.
Sabendo do seu plano de vingança, Enqui decide confrontar sua mãe e é derrotado. Anu (deus das constelações) também desafia sua mãe e encontra o mesmo destino de Enqui. Seus filhos começam a temer a ira de sua mãe e criam um conselho, onde decidem nomear um campeão para representá-los, e escolhem Marduque, filho de Enqui. Na guerra que ocorre, Marduque, armado com flechas do vento, uma rede, um cajado e uma lança invencível, mata Tiamat com uma flecha no seu coração e corta Tiamat ao meio. Das costelas de Tiamat ele cria o vazio entre o céu e a terra, dos olhos lacrimejantes da deusa surge a fonte dos rios Eufrates e Tigre, e sua cauda se torna a Via Láctea. Ainda neste mito, é dito que, após Marduque assassinar Quingu, seu sangue derramado se mistura com o barro vermelho da terra, e dali nascem os primeiros humanos.
Tiamat, assim como outras, é uma deusa que foi incorporada na cultura pop, e pode-se encontrar citações delas em desenhos, jogos e inúmeras outras formas. Sua representação mais famosa é no desenho da década de 80 chamado "Caverna do Dragão" como um dragão vermelho de cinco cabeças, o que popularizou sua imagem neste conceito no universo "nerd".
Co-autores: Eric Borges e Carlos Simão